o profeta da desgraça, ou nada disso
Chuck Palahniuk (n. 1962)
Toda a obra deste senhor poder-se-ia resumir a um grande livro acerca da estranheza da condição humana.
A temática é recorrente. Indivíduos que levam uma existência mais ou menos monótona, mais ou menos miserável e que buscam formas de escape nas mais triviais ou bizarras actividades, desde a construção de maquetes de edifícios que posteriormente serão esmagados por pés nus até à frequência de grupos de apoio a problemas que não os afectam. Tudo isto até que um dia algum acontecimento fantástico ou uma qualquer horrível tragédia altera radicalmente o curso das suas vidas e, por inerência, todo o universo que as rodeia.
Mas há algo que me agrada sumamente na sua escrita. A urgência, o inconformismo, a revolta, as personagens totalmente associais. Uma certa noção de caos iminente, de que por muito que se faça, muito mais há ainda a fazer. Que por muito que se faça, o caos continuará a imperar. Que nada faz sentido e apenas nos resta continuar a cumprir o nosso papel de engrenagem defeituosa na grande máquina que, em última instância, acabará por contribuir e precipitar o colapso final.
E sempre a eterna questão que permanece: se te fosse dada a possibilidade de alterar o mundo de acordo com os teus desejos, seria esse mundo agradável e justo para o resto da humanidade? Qual o teu conceito de justiça? Qual o teu conceito de mundo ideal? E qual o do teu vizinho do lado, o do teu colega no emprego, o do tipo que vês no comboio todos os dias?
E quanto desse 'admirável mundo novo' não seria mais do que a tua pequena vingançazinha pessoal contra tudo aquilo e todos aqueles que abominas? E todos aqueles que te detestam, não deveriam também ter direito à sua vendetta?
Obras de ficção:
Fight Club (1996)
Survivor (1999)
Invisible Monsters (1999)
Choke (2001)
Lullaby (2002)
Diary (2003)
Haunted (2005)
Rant (2007)
Toda a obra deste senhor poder-se-ia resumir a um grande livro acerca da estranheza da condição humana.
A temática é recorrente. Indivíduos que levam uma existência mais ou menos monótona, mais ou menos miserável e que buscam formas de escape nas mais triviais ou bizarras actividades, desde a construção de maquetes de edifícios que posteriormente serão esmagados por pés nus até à frequência de grupos de apoio a problemas que não os afectam. Tudo isto até que um dia algum acontecimento fantástico ou uma qualquer horrível tragédia altera radicalmente o curso das suas vidas e, por inerência, todo o universo que as rodeia.
Mas há algo que me agrada sumamente na sua escrita. A urgência, o inconformismo, a revolta, as personagens totalmente associais. Uma certa noção de caos iminente, de que por muito que se faça, muito mais há ainda a fazer. Que por muito que se faça, o caos continuará a imperar. Que nada faz sentido e apenas nos resta continuar a cumprir o nosso papel de engrenagem defeituosa na grande máquina que, em última instância, acabará por contribuir e precipitar o colapso final.
E sempre a eterna questão que permanece: se te fosse dada a possibilidade de alterar o mundo de acordo com os teus desejos, seria esse mundo agradável e justo para o resto da humanidade? Qual o teu conceito de justiça? Qual o teu conceito de mundo ideal? E qual o do teu vizinho do lado, o do teu colega no emprego, o do tipo que vês no comboio todos os dias?
E quanto desse 'admirável mundo novo' não seria mais do que a tua pequena vingançazinha pessoal contra tudo aquilo e todos aqueles que abominas? E todos aqueles que te detestam, não deveriam também ter direito à sua vendetta?
Obras de ficção:
Fight Club (1996)
Survivor (1999)
Invisible Monsters (1999)
Choke (2001)
Lullaby (2002)
Diary (2003)
Haunted (2005)
Rant (2007)