e depois do retiro, o veredicto final
Isis - "Wavering Radiant" (2009, Conspiracy)
Temos pena. A sério que temos. As nossas expectativas eram muito altas, depositámos todas as nossas esperanças neste disco. Quase que, por ele, púnhamos as mãos no fogo, mesmo sem o conhecermos. Roçava a fé cega. Mesmo após o cepticismo da primeira audição, ainda fizemos um esforço sobrehumano para o venerar.
E agora, 429 audições depois, saem-se-nos com isto. Uma valsa lenta e penosa de temas que se sucedem, sem que nenhum nos prenda a audição ou nos cative. Não há aqui nada que sobressaia, nenhuma faixa memorável. Apenas uma sequência indistinta, em que o anterior é dolorosamente idêntico ao seguinte, sem chama nem rasgo (talvez os três últimos temas escapem, mas, ainda assim, é pouco). Um anti-clímax, em que a explosão iminente acaba por esmorecer, e o máximo que conseguímos é um calorzinho. Pelo menos, assim soa aos nossos ouvidos. Não retemos nada. E os 'momentos Tool' também não ajudam em absolutamente nada, muito pelo contrário.
Não se pode dizer que não seja um disco coeso, porque o é, e muito. Tão coeso que se torna estanque e anóxico, o que acaba por ser mais uma falha. Para os padrões de uma qualquer bandinha wannabe, seria um grande disco. Mas para os padrões dos Isis, não passa da mediania. E mediania aqui é estagnar, e estagnar é, criativamente falando, morrer.
Talvez a fórmula post-metal se esteja a esgotar, como tem vindo a acontecer com quase todas as coisas post- após alguns anos de sobreexploração/sobreexposição (e agora o que é que nós vamos ouvir?!), mas só isso não explica uma coisa tão morna.
A verdade é que os Isis são muito bons, seja como colectivo, seja como entidades criativas individuais. Eles sabem que são muito bons, nós sabemos que eles são muito bons e, no entanto... Portanto, o veredicto final será: temos pena, mas não nos puxa. Pode ser que da próxima seja melhor. Se a houver.
Temos pena. A sério que temos. As nossas expectativas eram muito altas, depositámos todas as nossas esperanças neste disco. Quase que, por ele, púnhamos as mãos no fogo, mesmo sem o conhecermos. Roçava a fé cega. Mesmo após o cepticismo da primeira audição, ainda fizemos um esforço sobrehumano para o venerar.
E agora, 429 audições depois, saem-se-nos com isto. Uma valsa lenta e penosa de temas que se sucedem, sem que nenhum nos prenda a audição ou nos cative. Não há aqui nada que sobressaia, nenhuma faixa memorável. Apenas uma sequência indistinta, em que o anterior é dolorosamente idêntico ao seguinte, sem chama nem rasgo (talvez os três últimos temas escapem, mas, ainda assim, é pouco). Um anti-clímax, em que a explosão iminente acaba por esmorecer, e o máximo que conseguímos é um calorzinho. Pelo menos, assim soa aos nossos ouvidos. Não retemos nada. E os 'momentos Tool' também não ajudam em absolutamente nada, muito pelo contrário.
Não se pode dizer que não seja um disco coeso, porque o é, e muito. Tão coeso que se torna estanque e anóxico, o que acaba por ser mais uma falha. Para os padrões de uma qualquer bandinha wannabe, seria um grande disco. Mas para os padrões dos Isis, não passa da mediania. E mediania aqui é estagnar, e estagnar é, criativamente falando, morrer.
Talvez a fórmula post-metal se esteja a esgotar, como tem vindo a acontecer com quase todas as coisas post- após alguns anos de sobreexploração/sobreexposição (e agora o que é que nós vamos ouvir?!), mas só isso não explica uma coisa tão morna.
A verdade é que os Isis são muito bons, seja como colectivo, seja como entidades criativas individuais. Eles sabem que são muito bons, nós sabemos que eles são muito bons e, no entanto... Portanto, o veredicto final será: temos pena, mas não nos puxa. Pode ser que da próxima seja melhor. Se a houver.